• <em>Celtis australis </em>L.
    Exemplares no campus da UA
<em>Celtis australis </em>L.
<em>Celtis australis </em>L.
<em>Celtis australis </em>L.
<em>Celtis australis </em>L.

Plantas
ÁrvoresCeltis australis L.


Nome vulgar:
lódão-bastardo

Outros nomes:
lódão; lodoeiro; ginginha-do-rei; agreira; european hackberry

Família:
Cannabaceae

Origem e distribuição:
Sul da Europa, este da Ásia, norte de África (Região Mediterrânica), autóctone em Portugal.

Presença na Universidade de Aveiro:
campus Santiago, ESTGA

Descrição:
Árvore de folha caduca, que pode atingir os 30 m de altura e 200 anos de longevidade, podendo chegar excecionalmente aos 800 anos. Tem uma copa ampla muito ramosa. O tronco é liso, acinzentado, praticamente sem fissuras. As folhas são simples, com disposição alterna, pecioladas, de lanceoladas a ovado-lanceoladas, assimétricas, com margem serrada, e cor verde-escura. Encontram-se cobertas de pelos rígidos na página superior e penugem na página inferior; têm até 15 cm de comprimento.
As flores são amareladas, geralmente solitárias, hermafroditas ou masculinas, e crescem em pedicelos que nascem juntamente com as folhas. Os frutos são drupas negro-acastanhadas quando maduras, até 12 mm, com grande pedúnculo e forma aproximadamente globosa.

Floração:
março-maio

Frutificação:
setembro

Habitat e ecologia:
Cresce em vales e leitos de cheia, com preferência por solos frescos, soltos e pedregosos, até 1200 m de altitude. Espécie de crescimento lento resiste bem ao calor, mas não ao frio, possui raízes profundas, é resistente à seca e à poluição urbana.

Usos:
Cultivada como árvore de arruamento e ornamental. A sua madeira relativamente leve, elástica e dura era utilizada para o tradicional jogo-do-pau, para fabricar remos e toneis. É uma excelente fonte de combustível. As folhas e rebentos podem ser podados para servir de forragem durante o Inverno. A decocção das folhas e frutos ainda verdes têm propriedades adstringentes, pelo que é usada para a amenorreia, hemorragias menstruais e cólicas. O fruto é comestível e adocicado, embora possua pouca polpa. É semelhante à ginja, o que originou o nome ginginha-do-rei.

Observações:
Lineu atribuiu o epíteto australis a esta espécie por ser uma planta da região meridional da Europa.