Nome vulgar:
bugalhó
Outros nomes:
spiny-fruited buttercup
Família:
Ranunculaceae
Origem e distribuição:
Da Região Mediterrânica até à Índia e Cazaquistão. Introduzida noutros continentes, particularmente em regiões de clima temperado.
Presença na Universidade de Aveiro:
campus Santiago
Descrição:
Erva anual, com 5-50 cm de altura, caules ramificados, sem pelos ou com pequenos pelos rígidos.
Folhas sem pelos, palmadas, 3-5 lobadas a quase inteiras, sendo as folhas caulinares mais profundamente lobadas, com pecíolos sulcados.
Flores com simetria radial, corola até 2,5 cm de diâmetro, formada por 5 pétalas amarelas, obovadas e livres, cada uma com um nectário na base. Estames e carpelos numerosos.
Os frutos são aquénios obovoides, algo comprimidos, com as faces castanhas, cobertas de saliências curtas, agudas e duras. Bico triangular, ligeiramente em forma de gancho.
Floração:
fevereiro-julho
Habitat e ecologia:
Pastagens, campos de cultivo, terrenos abandonados, vales inundáveis e outros locais húmidos e perturbados.
Usos:
Toda a planta é tóxica em fresco, podendo mesmo causar irritação cutânea, pelo que se usam as folhas secas. Na medicina tradicional há registos do seu uso para tratar tosse, inchaços, disenteria, eczema, febre, gota e reumatismo. Tem comprovada ação anti-inflamatória e analgésica.
Observações:
Embora menos abundante, a espécie
Ranunculus repens L. (botão-de-oiro) também está presente no
campus de Santiago. Distingue-se por ser uma planta com estolhos compridos que crescem sobre o solo (
repens significa “rastejante”), e ter aquénios sem protuberâncias na faces laterais.
Referências:
https://doi.org/10.1093/jpp/rgad085
https://research.ebsco.com/c/6hyx4a/search/details/awauie6xon?db=edo