Animais
Aves → Erithacus rubecula (Linnaeus, 1758)
Nome vulgar:
pisco-de-peito-ruivo
Outros nomes:
porco-pisco
Família:
Muscicapidae
Origem e distribuição:
A espécie apresenta uma distribuição uniforme a norte do Tejo, enquanto a sul está ausente de extensas áreas do interior mais árido e com vegetação mediterrânica dispersa.
Nos Açores, ocorre em todas as ilhas, exceto Flores e Corvo, possivelmente devido à sua localização periférica, apesar da presença de habitat favorável.
Na Madeira, está amplamente distribuída na ilha principal, mas tem presença localizada em Porto Santo e está ausente das Desertas e Selvagens devido à aridez e carência de vegetação.
Presença na Universidade de Aveiro:
A espécie costuma estar associada às zonas arborizadas do
campus.
Descrição:
O pisco-de-peito-ruivo é um pequeno passeriforme facilmente identificado pela mancha vermelha-alaranjada que cobre a sua garganta e peito, acompanhada pelo dorso castanho e pelo ventre claro.
Os juvenis, por sua vez, não possuem esta característica marcante, sendo castanhos com pintas cor de laranja. A espécie é comum e residente em Portugal, e habita áreas com vegetação densa, como bosques, sebes, jardins e matagais.
A reprodução começa no final de março, com a nidificação em locais protegidos e com boa cobertura vegetal, como parques e florestas, onde também encontra alimento de forma abundante.
O seu canto melodioso é outro traço distintivo, sendo ouvido com frequência nas zonas onde habita.
Fenologia:
Residente/invernante.
Ocorrência:
* >40 (222) - eBird.
Dieta:
A sua dieta é variada, incluindo insetos, frutos e sementes.
Estatuto de conservação:
Lista Vermelha das Aves de Portugal Continental 2022 (população avaliada - reprodutora):
Portugal LC (Least Concern - Pouco Preocupante).
IUCN Global LC (Least Concern - Pouco Preocupante).
Curiosidades:
De acordo com dados da EURING (organização coordenadora dos programas europeus de anilhagem de aves), a idade máxima registada para esta espécie é de 19 anos e 4 meses, e o indivíduo foi encontrado na Chéquia.
Observações:
*Para este trabalho, recorreu-se a dados do eBird, no sentido de averiguar e classificar a ocorrência das espécies segundo os seguintes parâmetros: <10; >10 <20; >20 <40; >40 (data de acesso: 22/11/2024).
Referências:
Matos. M., Luís A. (2007). Atlas das Aves nidificantes do Campus da Universidade de Aveiro. Aveiro: Edições Afrontamento e Universidade de Aveiro.
Equipa Atlas (2022). III Atlas das Aves Nidificantes de Portugal (2016-2021). SPEA, ICNF, LabOr/UÉ, IFCN. Portugal.
Almeida J, Godinho C, Leitão D, Lopes RJ (2022). Lista Vermelha das Aves de Portugal Continental. SPEA, ICNF, LabOR/UÉ, CIBIO/BIOPOLIS, Portugal.
Svensson, L., Mullarney, K., & Zetterström, D. (2018). Guia de Aves: Guia de Campo das Aves de Portugal e Europa (2ª ed.). Lisboa: Assírio & Alvim.
Elias G, Frade J. (2024). O meu guia de aves. (1ª ed.). Lisboa: Booksmile.
d'Oliveira. M. (1896). AVES DA PENSINSULA IBERICA E ESPECIALMENTE DE PORTUGAL. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra.
Lopes J. (1979). Nomenclatura da fauna ornitológica: algumas variantes da nomenclatura portuguesa. Évora: Serviços de Estudos do Ambiente.
eBird. 2017. eBird: An online database of bird distribution and abundance [web application]. eBird, Cornell Lab of Ornithology, Ithaca, New York. Disponível em:
http://www.ebird.org. (data de acesso: 22/11/2024).
Fransson, T., Kolehmainen, T., Moss, D. & Robinson, R. (2023) EURING list of longevity records for European birds. Disponível em:
https://euring.org/files/documents/EURING_longevity_list_20230901.pdf