Pintassilgo.
Pintassilgo.

Animais
AvesCarduelis carduelis (Linnaeus, 1758)


Nome vulgar:
pintassilgo

Outros nomes:
milheira-grande; pinta-cardim

Família:
Fringillidae

Origem e distribuição:
Amplamente distribuído no território continental, com exceção de áreas densas de pinheiro-bravo e eucalipto no centro e litoral norte. É especialmente comum a sul do Tejo, com máximos de abundância no montado alentejano, na bacia inferior do Tejo e em algumas áreas do oeste. Nos Açores, onde foi introduzido no século XIX, ocorre em todas as ilhas, sendo mais abundante em São Miguel e Terceira. Na Madeira, distribui-se uniformemente por Porto Santo e pela ilha principal, embora sem grande abundância.

Presença na Universidade de Aveiro:
Pode ser observado por todo o campus, tanto nas zonas arborizadas como em campos abertos.

Descrição:
O pintassilgo é uma das aves mais coloridas que podemos encontrar em Portugal, facilmente reconhecida pela sua plumagem notável, nomeadamente, pela mancha amarela nas asas.
O seu rosto possui um contraste marcante, com uma máscara vermelha, uma coroa preta e faces brancas.
Os juvenis, com cores mais discretas, têm o mesmo toque de amarelo nas asas.
Com cerca de 12 centímetros, o pintassilgo habita uma variedade de locais, desde pomares e bosques pouco densos, até jardins urbanos e zonas agrícolas.
O seu canto suave e melodioso é uma característica notável, e pode ser ouvido ao longo do ano, em todas as estações.
Nos meses mais frios, também pode ser visto em campos abertos, mas é durante a primavera que começa a nidificar, construindo ninhos detalhados nos ramos externos das árvores, usando penas, ervas e crinas, de modo a criar um espaço aconchegante.

Fenologia:
Residente.

Ocorrência:
* >40 (86) - eBird.

Dieta:
Alimenta-se principalmente de sementes, em particular as dos cardos.

Estatuto de conservação:
Lista Vermelha das Aves de Portugal Continental 2022 (população avaliada - reprodutora):
Portugal LC (Least Concern - Pouco Preocupante).
IUCN Global LC (Least Concern - Pouco Preocupante).

Curiosidades:
De acordo com dados da EURING (organização coordenadora dos programas europeus de anilhagem de aves), a idade máxima registada para esta espécie é de 13 anos e 10 meses, e o indivíduo foi encontrado na Chéquia.

Observações:
*Para este trabalho, recorreu-se a dados do eBird, no sentido de averiguar e classificar a ocorrência das espécies segundo os seguintes parâmetros: <10; >10 <20; >20 <40; >40 (data de acesso: 22/11/2024).

Referências:
Matos. M., Luís A. (2007). Atlas das Aves nidificantes do Campus da Universidade de Aveiro. Aveiro: Edições Afrontamento e Universidade de Aveiro.

Equipa Atlas (2022). III Atlas das Aves Nidificantes de Portugal (2016-2021). SPEA, ICNF, LabOr/UÉ, IFCN. Portugal.

Almeida J, Godinho C, Leitão D, Lopes RJ (2022). Lista Vermelha das Aves de Portugal Continental. SPEA, ICNF, LabOR/UÉ, CIBIO/BIOPOLIS, Portugal.

Svensson, L., Mullarney, K., & Zetterström, D. (2018). Guia de Aves: Guia de Campo das Aves de Portugal e Europa (2ª ed.). Lisboa: Assírio & Alvim.

Elias G, Frade J. (2024). O meu guia de aves. (1ª ed.). Lisboa: Booksmile.

d'Oliveira. M. (1896). AVES DA PENSINSULA IBERICA E ESPECIALMENTE DE PORTUGAL. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra.

Lopes J. (1979). Nomenclatura da fauna ornitológica: algumas variantes da nomenclatura portuguesa. Évora: Serviços de Estudos do Ambiente.

eBird. 2017. eBird: An online database of bird distribution and abundance [web application]. eBird, Cornell Lab of Ornithology, Ithaca, New York. Disponível em: http://www.ebird.org. (data de acesso: 22/11/2024).

Fransson, T., Kolehmainen, T., Moss, D. & Robinson, R. (2023) EURING list of longevity records for European birds. Disponível em: https://euring.org/files/documents/EURING_longevity_list_20230901.pdf