Nome vulgar:
teixo
Outros nomes:
teixeira; English yew; European yew; common yew
Família:
Taxaceae
Origem e distribuição:
Nativa da Europa, noroeste de África e regiões do sudoeste da Ásia.
Presença na Universidade de Aveiro:
campus Santiago
Descrição:
Espécie arbustiva ou arbórea dioica, de folhagem persistente, com até 20 m de altura. Copa piramidal ou alargada, tronco com casca castanho-avermelhada e escura, que se solta em tiras ou placas, deixando a descoberto manchas avermelhadas. Numerosos ramos quase horizontais ou ascendentes, raminhos algo pendentes na extremidade. Folhas lineares, inteiras, achatadas, agudas, glabras, até 4 cm de comprimento. Brilhantes, verde-escuras na página superior, verde-amareladas na página inferior, onde a nervura média termina num pequeno mucrão. Curtamente pecioladas, estão dispostas alternadamente num plano, por torção do pecíolo.
Os exemplares masculinos produzem cones na axila das folhas, amarelo-alaranjados, formados por 6-14 escamas polínicas, e protegidos na base por brácteas alaranjadas. Nos exemplares femininos, os cones nascem na axila das folhas, com forma ovoide e rodeados por uma bráctea verde, lembrando uma bolota. Durante a maturação, essa bráctea torna-se carnuda e vermelho-rosada quando madura (arilo), rodeando quase completamente a semente castanha.
Floração:
fevereiro-abril
Frutificação:
setembro-novembro
Habitat e ecologia:
Cresce em bosques mistos em zonas montanhosas, vales profundos e encostas íngremes, geralmente próximo de linhas de água. Pode formar pequenos núcleos onde é dominante, chamados teixeiras ou teixedos. Espécie de crescimento lento, ocorre dos 500 aos 1800 m de altitude, frequentemente em solos calcários, com sombra. Em Portugal, no seu estado natural, existe apenas em zonas montanhosas, em pequenos grupos ou árvores isoladas, em terrenos frescos e profundos. Planta atrativa para a fauna, nomeadamente para aves (como melros, tordos), que comem o arilo e dispersam as sementes.
Usos:
Apreciada como espécie ornamental em parques e jardins, assim como as suas inúmeras cultivares, podendo também ser podada em sebe. A madeira é pesada, dura e resistente, escura e de boa qualidade, antigamente muito utilizada para fabricar arcos para a caça e guerra. O arilo é considerado comestível mas a semente é extremamente tóxica, assim como todas as restantes partes da planta. Pode causar vómitos, vertigens, dificuldade em respirar, arritmias ou mesmo levar à morte. Do teixo extrai-se o taxol, substância atualmente utilizada no tratamento de vários tipos de cancro.
Observações:
É uma espécie com grande longevidade, podendo alcançar entre 1500 e 2000 anos.