Nome vulgar:
laranjeira
Outros nomes:
laranjeira-doce; laranjeira-comum; laranjeira-da-china; orange tree
Família:
Rutaceae
Origem e distribuição:
Híbrido com origem no sul da China, resultante do cruzamento entre
Citrus maxima e
Citrus reticulata; introduzido em vários continentes.
Presença na Universidade de Aveiro:
campus Santiago, ESAN, ESTGA
Descrição:
Árvore de folhagem persistente, com até 10 m de altura, copa arredondada, tronco algo áspero e castanho-acinzentado. Raminhos com alguns espinhos dispersos. As folhas, com 5-15 cm de comprimento, são simples, alternas, ovadas a elípticas, agudas no ápice. São aromáticas, ligeiramente coriáceas, de cor verde-escura e brilhantes; os pecíolos podem ser alados.
As flores são pequenas e muito aromáticas, com 5 pétalas brancas, e 4-5 sépalas. Encontram-se solitárias ou reunidas em cimeiras, nas axilas das folhas. O fruto (laranja) é um hesperídio, globoso a elipsoide, de casca levemente rugosa e alaranjada, e polpa adocicada na maturação.
Floração:
abril-maio
Frutificação:
setembro-outubro
Habitat e ecologia:
Árvore geralmente cultivada, pelo que é difícil determinar o seu habitat natural. Cresce em climas tropicais e temperados, com preferência por locais com boa exposição solar e solos húmidos, mas bem drenados. Existem muitas variedades selecionadas.
Usos:
Espécie principalmente cultivada como árvore de fruto, sendo a região do Algarve particularmente conhecida pela sua produção. É também plantada pelo seu valor ornamental e para produção de óleos essenciais, que podem ser utilizados na cosmética e perfumaria. As laranjas são frutos comestíveis, conhecidos pelo seu teor em antioxidantes e vitaminas. O sumo é muito apreciado, assim como as raspas da casca, com usos na pastelaria. O fruto tem ação tónica, protetora de capilares, carminativa, e estimulante do sistema imunitário, ajudando no tratamento de tosse e resfriados. Contém cumarinas que poderão causar sensibilidade da pele à luz solar, resultando em alergia ou dermatite.
Observações:
A laranjeira-amarga foi introduzida na Europa no século XV, pelos árabes, ainda antes da laranjeira-doce. A laranjeira-doce foi introduzida pelos portugueses, razão pela qual em várias línguas o nome “laranja” remete para Portugal:
portokáli (em grego),
portokal (em búlgaro),
portakal (em turco).