Animais
Aves → Anas platyrhynchos (Linnaeus, 1758)
Nome vulgar:
pato-real
Outros nomes:
alavanco; mancão; pescoço-verde
Família:
Anatidae
Origem e distribuição:
Esta espécie ocorre ao longo de todo o continente.
As populações locais são essencialmente residentes e organizam-se em duas regiões: uma a norte do Mondego, com ligação à Galiza, e outra a sul do Tejo, conectando-se ao sul de Espanha.
Nos Açores, a nidificação foi confirmada apenas em São Miguel, e na Madeira apenas em Porto Santo.
No sul do continente, os repovoamentos para fins cinegéticos podem levar a um aumento artificial da população.
Presença na Universidade de Aveiro:
É a espécie mais abundante nos dois lagos. Podem, ainda, ser observados alguns indivíduos na zona sul do Esteiro de S.Pedro e nas proximidades das salinas.
Descrição:
O pato-real é uma presença familiar em muitas paisagens portuguesas, especialmente em jardins públicos e ribeiros.
Facilmente reconhecível, o macho ostenta uma cabeça verde-escura, um bico amarelo e um colar branco, contrastando com a fêmea, que tem tons castanhos mais discretos.
Durante o verão, o macho adota uma plumagem similar à da fêmea, a chamada "plumagem de eclipse".
Este pato de médio porte, com cerca de 55 centímetros, é encontrado em locais como açudes, lagos, arrozais e até estuários, onde pode ser visto a nadar ou a procurar comida nas margens.
Fenologia:
Residente.
Ocorrência:
* >40 (459) - eBird.
Dieta:
Alimenta-se principalmente de vegetação aquática, sementes e pequenos invertebrados, mas também se aventura longe da água, por vezes em áreas agrícolas, em busca de grãos.
Estatuto de conservação:
Lista Vermelha das Aves de Portugal Continental 2022 (população avaliada - reprodutora):
Portugal LC (Least Concern - Pouco Preocupante).
IUCN Global LC (Least Concern - Pouco Preocupante).
Curiosidades:
De acordo com dados da EURING (organização coordenadora dos programas europeus de anilhagem de aves), a idade máxima registada para esta espécie é de 26 anos e 9 meses, e o indivíduo foi encontrado na Alemanha.
Observações:
*Para este trabalho, recorreu-se a dados do eBird, no sentido de averiguar e classificar a ocorrência das espécies segundo os seguintes parâmetros: <10; >10 <20; >20 <40; >40 (data de acesso: 22/11/2024).
Referências:
Matos. M., Luís A. (2007). Atlas das Aves nidificantes do Campus da Universidade de Aveiro. Aveiro: Edições Afrontamento e Universidade de Aveiro.
Equipa Atlas (2022). III Atlas das Aves Nidificantes de Portugal (2016-2021). SPEA, ICNF, LabOr/UÉ, IFCN. Portugal.
Almeida J, Godinho C, Leitão D, Lopes RJ (2022). Lista Vermelha das Aves de Portugal Continental. SPEA, ICNF, LabOR/UÉ, CIBIO/BIOPOLIS, Portugal.
Svensson, L., Mullarney, K., & Zetterström, D. (2018). Guia de Aves: Guia de Campo das Aves de Portugal e Europa (2ª ed.). Lisboa: Assírio & Alvim.
Elias G, Frade J. (2024). O meu guia de aves. (1ª ed.). Lisboa: Booksmile.
d'Oliveira. M. (1896). AVES DA PENSINSULA IBERICA E ESPECIALMENTE DE PORTUGAL. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra.
Lopes J. (1979). Nomenclatura da fauna ornitológica: algumas variantes da nomenclatura portuguesa. Évora: Serviços de Estudos do Ambiente.
eBird. 2017. eBird: An online database of bird distribution and abundance [web application]. eBird, Cornell Lab of Ornithology, Ithaca, New York. Disponível em:
http://www.ebird.org. (data de acesso: 22/11/2024).
Fransson, T., Kolehmainen, T., Moss, D. & Robinson, R. (2023) EURING list of longevity records for European birds. Disponível em:
https://euring.org/files/documents/EURING_longevity_list_20230901.pdf