Nome vulgar:
castanheiro
Outros nomes:
castanheiro-comum; castanheiro-vulgar; reboleiro; sweet chestnut
Família:
Fagaceae
Origem e distribuição:
Pensa-se que tem origem na região pôntica (Ásia menor, Turquia). Atualmente distribui-se pelos Balcãs, Ásia menor, Cáucaso, centro e oeste da Europa. Em Portugal é mais comum no centro e norte continentais.
Presença na Universidade de Aveiro:
campus Santiago, ESAN, ESTGA
Descrição:
Árvore de folha caduca, que pode atingir 30 m de altura e 1500 anos de longevidade. Tem copa regular, elipsoidal e densa, com muitos ramos e frondosa. O tronco é cinzento-claro e brilhante quando a árvore é jovem. Mais tarde torna-se castanho-escuro e desenvolve fendas verticais. As folhas são simples, alternas, lanceoladas, serradas, e de cor verde-intenso; têm até 25 cm de comprimento. Desenvolve amentilhos geralmente com flores masculinas e femininas (flores femininas na base do amentilho), e frutos comestíveis (castanhas) de cor castanho-brilhante, pontiagudos no ápice, em grupos de 2-4 no interior de uma cúpula espinhosa (ouriço), que tem até 10 cm de diâmetro.
Floração:
maio-julho
Frutificação:
outubro-novembro
Habitat e ecologia:
Cultivada para produção de castanha, em povoamentos abertos (soutos), e cultivada para produção de madeira, em povoamentos com grande densidade de árvores (castinçais). Tem preferência por substratos siliciosos e ricos, até aos 1800 m de altitude. Necessita de alguma sombra, sobretudo em jovem, tolera exposição marítima, mas cresce mais lentamente no litoral. As flores são muito atrativas para as abelhas e as castanhas são uma boa fonte de alimento para vários grupos de animais. As folhas servem de alimento para várias espécies de borboletas diurnas e noturnas.
Usos:
A madeira de elevada qualidade pode ser utilizada na construção, carpintaria e cestaria. As castanhas são ricas em hidratos de carbono, e utilizadas para alimentação humana e do gado. As folhas e casca têm taninos que ajudam no tratamento de hemorragias e diarreia. A infusão das folhas é usada para tratamento de febre e tosse convulsa.
Observações:
Alguns defendem que não seja autóctone em Portugal. É possível que a espécie se tenha extinguido e sido reintroduzida mais tarde. Estudos recentes assinalam ocorrências de pólen fóssil de castanheiro na Serra da Estrela com cerca de 8000 anos (Paleolítico). Atualmente os indivíduos desta espécie são cultivados ou assilvestrados.
Em frutificação, com os ouriços abertos e com castanhas (sementes)
