Plantas
Árvores → Thuja plicata Donn ex D.Don
Nome vulgar:
tuia-gigante
Outros nomes:
tuia; tuja; western red cedar
Família:
Cupressaceae
Origem e distribuição:
Nativa do oeste da América do Norte, da Califórnia ao Alasca; introduzida em países do norte e centro da Europa.
Presença na Universidade de Aveiro:
campus Santiago
Descrição:
Árvore monoica, de folhagem persistente, que cresce 30-60 m de altura. A copa é cónica, o tronco castanho-avermelhado, escuro, com casca escamosa, que se solta em placas. Os ramos surgem desde a base do tronco, podendo mesmo crescer verticalmente e enraizar em contacto com o solo; raminhos achatados. As folhas são pequenas, até 6 mm, escamiformes, ovadas, muito aplicadas, com disposição oposta e cruzada. Verde-brilhantes na face superior do ramo, baças e com marcas esbranquiçadas na face inferior.
Os cones masculinos são avermelhados, com 1-3 mm, os femininos são elipsóides a cónicos, castanhos na maturação, até 2 cm, com 8-12 escamas oposto-cruzadas, terminando num ápice. As pinhas são alongadas, direitas, mucronadas no ápice. As sementes são elípticas, alongadas, 5-7 mm de comprimento, aladas, 2 a 3 por escama.
Floração:
março-abril
Frutificação:
setembro-outubro
Habitat e ecologia:
Cresce em zonas de floresta e montanha, em solos húmidos ou alagados. Em Portugal continental encontram-se principalmente em montanhas do norte e centro. Espécie de crescimento rápido, tolera exposição marítima se não for muito intensa. Existem diferentes variedades selecionadas pelo valor ornamental.
Usos:
Árvore plantada pelo seu valor ornamental, para proteção do vento e pela sua madeira. As espécies do género
Thuja são consideradas tóxicas devido à presença de tuiona, e a sua utilização prolongada pode causar vómitos, tremores ou convulsões. Contudo é tradicionalmente utilizada por tribos de Nativos Americanos pelas suas propriedades medicinais. É expetorante, emenagoga, e adstringente, utilizada no tratamento de tosses, constipações, caspa, dores de estômago e de articulações. A madeira é leve, resistente à decomposição e fácil de trabalhar. As fibras da casca interna podem ser utilizadas para produzir cordas, cestos ou papel.
Observações:
No seu local de origem esta espécie atinge 60 m de altura, mas em Portugal, onde foi introduzida em meados do século XX, a maior árvore tem apenas 35 m de altura.
