Plantas
Árvores → Picea orientalis (L.) Peterm.
Nome vulgar:
abeto-oriental
Outros nomes:
picea-oriental; oriental spruce; caucasian spruce
Família:
Pinaceae
Origem e distribuição:
Nativa da região do Cáucaso e Turquia, introduzida noutros países da Europa.
Presença na Universidade de Aveiro:
campus Santiago, ESTGA
Descrição:
Árvore de folhagem persistente, que cresce até 20 m de altura, podendo atingir quase 40 m no seu habitat natural. Copa cónica, com ramagem densa até ao chão, tronco com casca castanha, gretada, com escamas finas, que se vão libertando gradualmente. Ramos ascendentes ou horizontais. As folhas são pequenas agulhas, até cerca de 1 cm de comprimento, verde-escuras e brilhantes, de secção transversal quadrangular. As folhas mais expostas ao sol têm cor verde-amarelada ou amarela. Inflorescências masculinas são cones rosa-avermelhados, pequenos, com cerca de 2 cm de comprimento.
As inflorescências femininas são maiores, com até 10 cm, eretas, quase cilíndricas, e arroxeadas, tornando-se acastanhadas e pendentes com a maturação. As suas escamas são finas mas rígidas, inteiras e arredondadas. As sementes são pequenas, ovoides e castanho-escuras, com uma asa amarelada, até 8 mm de comprimento.
Floração:
abril-maio
Frutificação:
setembro-novembro
Habitat e ecologia:
Na sua área de distribuição nativa, ocorre em zonas montanhosas. Pode crescer em vários tipos de solo, preferencialmente húmidos e bem drenados, em climas frios com boa exposição solar. Quando bem estabelecida, tem alguma tolerância ao vento e à seca. Não cresce bem na sombra nem em climas quentes e húmidos. Existem cultivares selecionados pelo seu valor ornamental. Os seus ramos podem ser abrigo para vários animais, nomeadamente aves.
Usos:
Frequentemente plantada como espécie ornamental, existindo cultivares selecionadas para esse efeito. Na sua área de origem é uma espécie comercial importante pela sua madeira. Esta é clara, suave, leve e durável, usada para construção e mobiliário. Com os rebentos jovens pode ser feita uma infusão, rica em vitamina C.
Observações:
O nome do género,
Picea, terá origem no latim
pix, referência à resina encontrada nesta espécie. O restritivo específico
orientalis refere-se à sua origem “de este”, da perspetiva de Lineu, botânico sueco que inicialmente descreveu esta espécie.