Nome vulgar:
camélia
Outros nomes:
cameleira; japoneira; roseira-do japão; camellia
Família:
Theaceae
Origem e distribuição:
Nativa da Ásia oriental, abrangendo o Japão, a Coreia e o leste da China; cultivada noutras regiões do mundo.
Presença na Universidade de Aveiro:
ESTGA
Descrição:
Arbusto ou árvore de folhagem persistente, com altura até 15 m, copa arredondada, muito ramificada, e tronco liso, castanho-esverdeado. Folhas coriáceas, simples, ovadas a elípticas, com 4-10 cm de comprimento, ápice agudo, margem serrilhada, pecíolo curto, e em disposição alternada; lustrosas e verde-escuras na página superior.
Flores hermafroditas, surgem geralmente na parte terminal dos ramos, solitárias ou em pares. Diâmetro de 4 a 12 cm; cálice caduco, com 5-6 sépalas imbricadas; corola com 5-6 pétalas arredondadas a ovadas, frequentemente rosadas, vermelhas ou brancas; estames mais ou menos unidos na base, com anteras amarelas. As dimensões e estrutura floral têm grande variação, dependendo das cultivares, podendo também existir formas matizadas e com pétalas muito numerosas. O fruto é uma cápsula arredondada, verde a avermelhada, com 4-5 cm de diâmetro, e abre-se por 3-5 valvas. Contém 2 ou 3 sementes castanho-escuras, com até 3 cm de comprimento.
Floração:
janeiro-abril
Habitat e ecologia:
Onde é nativa, cresce em florestas húmidas, desde o nível do mar até ao topo de pequenas montanhas. Tem preferência por solos arenosos, ligeiramente ácidos, e ricos em matéria orgânica, em locais com alguma sombra. Espécie de crescimento lento, não tolera ventos frios nem calor excessivo. Existem mais de 2000 cultivares de camélia, resultantes essencialmente de hibridização, que se diferenciam pela cor da flor e estrutura floral.
Usos:
Muito apreciada como espécie ornamental, em jardins e arruamentos, como planta isolada ou para formar sebes. É também cultivada para produção de um óleo (
tsubaki), que se extrai das sementes. É utilizado no Japão para cuidados da pele e cabelo. A camélia apresenta propriedades medicinais adstringentes, antioxidantes, anti-inflamatórias, antibacterianas e atividade anticancerígena.
Observações:
O nome do género,
Camellia, é uma homenagem ao botânico e zoólogo jesuíta Georg Joseph Kámel (1661-1706), que introduziu esta espécie para Europa, no século XVII.