Nome vulgar:
buxo
Outros nomes:
buxo-comum; olho-de-gato; buxo-arbóreo; common box
Família:
Buxaceae
Origem e distribuição:
Nativa do oeste e sul da Europa, noroeste da África, e sudoeste da Ásia; autóctone em Portugal.
Presença na Universidade de Aveiro:
ESTGA
Descrição:
Arbusto ou pequena árvore, com 0,5-3 m de altura, mais raramente 8 m, quando não é podado e cresce em local apropriado. Folhagem persistente e densa. Tronco cinzento-acastanhado, fendido em pequenas placas quadrangulares, ramos jovens com pelos, que caem mais tarde. Folhas simples, opostas, ligeiramente coriáceas, ovado-elípticas, 1-3 cm de comprimento, margem revoluta, frequentemente chanfrada no ápice, e com nervura central saliente. Verde-escuras e brilhantes na página superior, verde-amareladas na página inferior. Pecíolo alaranjado-claro e pubescente.
Flores agrupadas em glomérulos na axila das folhas superiores, amarelados, com uma flor feminina central rodeada por 5-6 flores masculinas. O fruto é uma cápsula ovoide ou obovoide, lisa, com 3 saliências no ápice (que são estiletes persistentes). Inicialmente verde, tornando-se castanho-escura na maturação. Abre-se por 3 valvas, libertando sementes pretas e brilhantes, de secção aproximadamente trigonal.
Floração:
janeiro-maio
Frutificação:
agosto-setembro
Habitat e ecologia:
Cresce no subcoberto de florestas, em matagais ripícolas, leitos de cheia de grandes rios, e em ravinas. Espécie de crescimento lento, com preferência por substratos bem drenados e alcalinos, tolera bem a poda. Embora as populações indígenas em Portugal se localizem acima do rio Douro, é uma planta que se adapta a praticamente todo o território.
Usos:
Plantada como espécie ornamental, em parques e jardins urbanos, sendo também usada em sebes. Existem ainda diversas cultivares selecionadas para fins ornamentais. Tradicionalmente usada no nordeste de Portugal para produzir cabos de navalhas e ponteiras de gaita-de-foles. Apesar de ter sido usada no passado para tratar diversas doenças, é uma planta pouco usada na fitoterapia atual. São-lhe atribuídas propriedades sedativas, antirreumáticas, febrífugas e vermífugas, mas todas as partes são tóxicas, principalmente a casca e as folhas.
Observações:
Encontra-se classificada como “Em perigo”, segundo a Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza. O restritivo específico,
sempervirens, é uma referência à folhagem persistente, sempre verde.