Nome vulgar:
abeto-branco
Outros nomes:
abeto-prateado; abeto-pectinado; silver fir
Família:
Pinaceae
Origem e distribuição:
Nativa das zonas montanhosas no centro e sul da Europa, abrangendo do norte de Espanha (Pirenéus) à Macedónia, e da Polónia ao sul de Itália; introduzida em Portugal.
Presença na Universidade de Aveiro:
ESAN, ESTGA
Descrição:
Árvore monoica, até cerca de 50 m de altura, de folhagem persistente, copa aprumada e piramidal. Tronco direito, quase liso, com vesículas resinosas, cinzento-acastanhado claro, tornando-se mais escuro e escamoso nos exemplares mais velhos, podendo desintegrar-se em placas. Ramos acastanhados a acinzentados, densamente pubescentes. Na parte inferior da copa, as folhas são lineares, flexíveis, com 1,5-3 cm de comprimento, ligeiramente torcidas na base, verde-brilhantes na página superior, esbranquiçadas na página inferior, e em disposição dística. Na parte superior da copa, as folhas são mais rígidas, com extremidades arredondadas ou chanfradas (com um pequeno chanfro a meio do ápice).
Cones masculinos axilares, numerosos na face inferior dos ramos, são globosos, amarelados a avermelhados. Cones femininos solitários, eretos sobre os ramos superiores, inicialmente verdes, tornando-se acastanhadas na maturação; a pinha madura é cilíndrica com a extremidade atenuada, 10-20 cm de comprimento, 3-5 cm de diâmetro, formada por escamas caducas, cada com uma pequena bráctea saliente. Sementes aladas, com aspeto triangular.
Floração:
abril-maio
Frutificação:
maturação em setembro-outubro do ano seguinte
Habitat e ecologia:
Cresce em regiões montanhosas, até cerca de 1900 m de altitude, em florestas puras ou mistas, com outras coníferas ou folhosas. Prefere solos frescos e húmidos, em locais abrigados do vento. Sensível à poluição atmosférica.
Usos:
Plantada como árvore ornamental ou pela sua madeira. Esta é leve, de cor muito clara, e fácil de trabalhar, usada na construção e para produzir mobília. Além disso, já foi tradicionalmente usada como árvore de Natal na Europa. Várias partes desta planta apresentam propriedades medicinais, antissépticas, balsâmicas, adstringentes e expetorantes, tendo aplicação no tratamento de tosse, constipações e outros problemas respiratórios. A resina tem aplicações na perfumaria e em medicina tradicional. Através da sua destilação obtém-se terebentina, óleo essencial de cheiro resinoso, que pode ser utilizado como solvente de tintas. A casca contém taninos, usados no processo de curtir peles.
Observações:
O restritivo específico,
alba, é uma palavra em latim, que significa “branco”, possivelmente aludindo à cor clara da sua madeira. Espécie introduzida em Portugal, em algumas serras do norte e centro, e ainda na Madeira.