Nome vulgar:
tuia
Outros nomes:
tuia-maçã; tuia-vulgar; árvore-da-vida; cedro-branco; tuia-do-canadá; american arborvitae
Família:
Cupressaceae
Origem e distribuição:
Nativa do este da América do Norte, abrangendo parte do Canadá e dos Estados Unidos da América; distribuída pela Europa.
Presença na Universidade de Aveiro:
ESTGA
Descrição:
Árvore resinosa, de folhagem permanente, que geralmente mede 12-15 m de altura. Copa estreita, densa e coniforme. Tronco com casca castanho-avermelhada, fissurada, que se desprende em tiras longitudinais, e torna-se acinzentada com a idade. Ramos laterais achatados, com tendência a serem pendentes. As folhas têm forma de escamas, 3-5 mm de comprimento, muito juntas ao ramo. São verde-amareladas, sem faixa branca na página inferior, e com uma glândula no dorso. Quando esmagadas libertam um aroma característico, semelhante a maçãs verdes.
As flores estão reunidas em cones separados. O fruto é uma pinha, 8-12 mm de comprimento, estreitamente ovoide e inicialmente verde; com o amadurecimento torna-se castanha, e as escamas lenhosas abrem e separam-se. Cada pinha contém cerca de 8 sementes aladas.
Floração:
março-maio
Frutificação:
setembro-outubro
Habitat e ecologia:
Cresce em florestas húmidas de altitude, junto com outras coníferas, em pântanos e margens fluviais, com solos permanentemente húmidos e ricos em nutrientes. Tolera sombra mas desenvolve-se melhor em locais com exposição solar. Se a árvore cair, os ramos podem desenvolver raízes.
Usos:
Plantada como árvore ornamental. A madeira é amarelo-acastanhada, aromática, leve e duradoura, sendo usada para construir peças que entram em contacto com água ou muita humidade. É uma planta tóxica, devido à presença de tuiona, composto que pode produzir eczema na pele de quem trabalhe com a sua madeira. As folhas têm propriedades anti-inflamatórias, sudoríferas, adstringentes e emenagogas. A partir destas pode-se preparar um chá, usado no tratamento de bronquites, constipações, dores de cabeça e tosse. O óleo essencial das folhas pode ser tóxico se ingerido, mas é aplicado externamente para retirar verrugas e melhorar a circulação sanguínea localmente. Tem também propriedades repelentes de insetos e aplicações na perfumaria. É uma árvore muito importante na cultura de diversas tribos de Nativos Americanos: a madeira é usada para fabricar cordas, canoas e cestos, as folhas para tratar dor de cabeça, constipações, tosse, febre, reumatismo e contusões, além de existirem lendas locais sobre esta planta.
Observações:
O nome do género,
Thuja, deriva da palavra grega
thuia, nome de um zimbro grego. O restritivo específico
occidentalis, que significa ocidental, diferencia esta planta das do “mundo antigo” (África, Ásia e Europa). No século XVI, colonizadores franceses terão sido curados de escorbuto graças ao chá das folhas desta planta, ricas em vitamina C. Por esta razão, foi-lhe atribuído o nome comum
arborvitae, latim para “árvore da vida”.
