Animais
Insetos → Vanessa atalanta (Linnaeus, 1758)
Nome vulgar:
almirante-vermelho
Família:
Nymphalidae
Origem e distribuição:
Presente na Europa, norte de África e Ásia. Considerada invasora nos EUA e na Venezuela.
Presença na Universidade de Aveiro:
campus Santiago
Serviço de ecossistema:
Polinizador, contribuem para a manutenção das redes tróficas (Servem de presa a outros animais). Como herbívoro, pode ajudar a regular a propagação de infestantes.
Descrição:
Possui o corpo preto com asas anteriores castanhas-escuras com os ápices negros com manchas brancas e uma faixa avermelhada, por vezes nas fêmeas esta faixa nas asas anteriores podem apresentar uma mancha branca no seu interior. As asas posteriores são castanhas-escuras e possuem uma faixa marginal laranja com quatro pontos negros na margem. As antenas são capitadas apresentando um padrão de listas pretas e brancas, com um último segmento preto com a ponta branca. Possuem uma envergadura das construções entre os 55 e os 65mm. A cor da lagarta pode variar na medida em que cresce entre o castanho-pálido com uma pequena listra amarelada dos lados, o preto com pequenas manchas brancas e uma listra branca interrompida em ambos os lados. Cada segmento possui uma linha transversal de longos espinhos escuros ou claros e ramificados (denominados scoli ) com bases avermelhadas. A parte inferior das asas anteriores assemelha-se à superior, embora mais pálida, enquanto a das asas posteriores tem um padrão marmoreado castanho e preto.
Habitat e ecologia:
Podem ser encontradas em diversos habitats como florestas, campos agrícolas, pradarias, zonas urbanas. Em Portugal, esta borboleta ocorre em todo o país, desde as regiões costeiras até ao cimo da Serra da Estrela.
A lagarta construiu um abrigo de folhas enroladas do qual só sairá para se alimentar da planta hospedeira, principalmente urtigas, mas também pode se poder alimentar de Parietaria sp. Os adultos gostam de comer frutas em diversão, mas também se alimentam de néctar de diversas flores com preferência para as flores de cardos, Rubus fruticosus , Pulicaria dysenterica , Eupatorium cannabinum , Hedera helix , Ligustrum vulgare , Dipsacus fullonum .
Possuem duas a três gerações por ano, e podem ser vítimas de fevereiro a novembro.
Os adultos possuem um tipo de comportamento conhecido como “hilltop”, em que os machos se estabelecem em locais situados a maiores altitudes onde aguardam pela chegada das fêmeas, e onde exibem um comportamento territorial em que expulsam outros machos. Estes locais que funcionam como ponto de encontro facilitando o encontro de machos e fêmeas.
Esta espécie se destaca entre todas as espécies de borboletas migratórias de longa distância, na Europa, por mostrar o padrão mais regular de migração do sul para o norte da Europa regressando no outono. Chega a percorrer mais de 2km, por vezes durante o período noturno.
Ameaças:
Uma das principais ameaças é a utilização de herbicidas para controlar o crescimento das plantas hospedeiras como por exemplo as urtigas, o que poderá afetar esta espécie. A proteção dos habitats onde se encontra é por isso essencial.
Estatuto de ameaça:
LC-Pouco preocupante
Curiosidades:
Para melhor se camuflarem os adultos abrem as asas quando estão poisadas sobre as flores e fecha-as quando pousam em terrenos abertos, expondo as cores pardas das margens inferiores das asas.